sexta-feira, dezembro 31

Finda-se um ciclo


É tão fácil falar palavras jogadas numa simples roda gigante e fazer com que as voem como simples papéis embalados de doce caídos sobre uma multidão!?!?!?! Com a aspereza de uma simplicidade qualquer?

Emparedados numa angustia, talvez libertados para cativar, por algum momento tenha uma maior razão, quem sabe um pequeno sofrimento, liberdade. Caracterizando meu coração como rudes “barqueiros” que insistentemente de água em água seguem sem rumo, pelos recantos das pedras em busca de sereias em lagos. Como se pudessem existir sereias em lagos.

Algo suspirando no ar. “Ela mira o espelho quebrado, buscando em vão encontrar a si mesmo”. Era como uma atriz impulsionava-se numa singela dança, onde seu vestido médio e seu cabelo preso mostravam-lhe o absurdo. Reinventava momentos da vida usando belos colares.

Aquela particularidade de formulas incerta, incapaz, coloquial me fazia crer que era um novo lugar, uma espécie de ler o cru sincero, o aperto conseqüentemente afagado de um simples amor de amigo.

O desfecho total de um ciclo muito longo, das margens que percorre um rio totalmente erôneo, implícito. Que mercúrio traga esperança das preces jogadas em cascatas pelas bocas sujas de uma multidão, e que eu saiba manter o controle diante das adversidades das palavras em busca do encontro perfeito do equilíbrio na alma.

Uma completa síntese de tudo que aconteceu, como um filme longo ou uma dança repleta de sinestesias luxuosas, envolvidas de sentimento em cores, um aceleramento dos batimentos cardíacos com um mistério do duvidoso e inconstante da resposta. Uma contração dos sentidos, um toque, uma vida.

segunda-feira, dezembro 20

"Segura o turbante, meu bem"




Poderia descrever todas as minhas as emoções contraditórias, daquele exacerbado amor, como se retocasse palavras com batom vermelho e escrevesse palavras sem significados, de lápis de olho.

Até parecia um circo, o som dos aplausos vinham de todos os lados, sincronizados, mas reparando bem não havia ninguém. A náusea já se possuía em mim, era inevitável.

Ver na solidão o pior delírio dos irracionais, murmúrios e correntes. No ensaio aquele olhar carnívoro. Trêmulas percepções.

Haverá sol todos os dias e o pôr do sol da minha janela é incrível, mesclados de cor de rosa, laranja e nuvens escuras, todos os dias. Vai ser assim e não tente querer mudar o rumo, é evidente que somos incapazes de prever o que virá.

Mas se acalme meu bem, o filme já vai começar e

Sente o ritmo”.