quinta-feira, junho 30

"Depois de todas as tempestades e naufrágios"


Às vezes fico tentando decifrar minha vida, que de pacata não tem nada. Não sei se é pelo meu jeito, ou pela vida que levo. Ou simplesmente uma união dos meus signos regentes.

Perco chaves o tempo inteiro, eu conheço uma pessoa pelos seus olhos. Tenho medo de amar e de não querer desistir desse amor. “eu não sou tão difícil de ler”...

Não sei ser sexy e por mais que eu insista não sei contar piadas. Quase sempre previsível. Gosto de trocar os móveis de lugar e de batons vermelhos de todas as tonalidades.

Tenho orgulho das minhas tatuagens que fiz com 15 anos. E preciso de um mp4 novo. Eu odeio pagar contas e odeio muita gente também. Não sou “meio”, sou inteira. Aprendi a não esconder sentimentos, e de não sofrer sem ter certeza.

Uso o mesmo perfume há anos. Aprendi a fazer tricô pelo youtube. Eu leio meu horóscopo todo dia. Nunca fui de não querer fazer nada, eu sempre quis fazer tudo ao mesmo tempo. Se eu pudesse escolher não fumaria, mas adoro fumar. Não posso ler livros de auto-ajuda, eu levo tudo ao pé da letra.

Gosto de ter minhas coisas organizadas, mas nunca consegui manter. Quero casar na igreja de branco, ter três meninos e ter natais repletos de amigos e muito metal.

Não gosto de relacionamento forçados e adoro invernos calorosos. Já tive mania de fazer numerologia com placa de carros em viagens. Não sei mais se conseguiria viver sem sacada.

Apesar de tudo, também vi que não tenho tanto azar. Mas não posso negar que não tenho.

Sempre tenho histórias pra contar, poucas pessoas sabem de toda a minha vida. Já me falaram que eu sou cativante.

E como dizia Caio F. Abreu: - “Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei...”

Eu gosto da minha vida, eu gosto de ser assim.