segunda-feira, outubro 18

Fechado


Sem maiores planos arquitetados, afetos, ou qualquer coisa do tipo. Hoje me fiz de louca, andando pelas ruas, com aquele céu repleto de nuvens que se aproximavam e a ventania formava tal formas, desenhos, heróis e outras coisas indecifráveis, enfim, o princípio do todo. Primeiro fiquei observando gestos obcecados. Eram pessoas ligadas por energias, almas geladas e sem quaisquer feições, cubos, que as fizessem parar de fixar os olhos para o chão, sim, como se fossem trajetos repletos de completos robôs. Eram centenas.

Acharemos uma saída, nem que seja do fruto da imaginação dos fracos e inexperientes. Está pensando em correr? Sim claro, precisamos primeiro criar fôlego para tomarmos a primeira iniciativa. Não será Proibido, necessidade e quites. Poderíamos fumar qualquer tipo de cachimbo, cachaça. Bolo de maça. Chover sem nos molharmos.

Será mesmo que sou uma alma perdida? Que ao inferno me esperaram? Ou quem sabe eu e tu temos muito que aprender com a vida? Pois bem, preste bem atenção no que eu vou descrever: Estou farta de vísceras, explicações e mentiras profundas. Como havia refletindo há tempos, realmente o que me deixa mais angustiada é a pobreza de espírito de muitos. A necessidade que elas precisam ver seu ego superado, e usar as pessoas em favor disso. Olhar com desprezo, vendo aquela sujeira embaixo de lindos cabelos dourados, pendurando por lenços a partir daquele vestido vermelho. Veneno. Realmente me sinto desesperada, acorrentada, pronta para gritar por ser um animal sentimental.

Não consigo e não quero abrir seus olhos, eles tendem a ser tão fechados que não é fácil conseguir encil­­­­har o cavalo. Primeiro meu caro, nem sempre o que estará errado pra ti, será o mesmo pra mim. Na verdade é muito mais além que algum tipo de subjetividade, e de uma suposta moralidade. Eu preciso realmente ter que planejar as coisas do teu jeito? Coragem, coragem! Reaja.

Pela conveniência, ou melhor, por “comodismo” acabo-me confortando nos complexos e cansados olhos da cigana, ela pede por paciência, para que eu tenha quem sabe clemência por aqueles que me fazem perder a minha insanidade. Querem no fundo que eu viva essa maldita realidade que vós descrevereis. Realidade que nos derrubam pelos calcanhares.

Mas definitivamente, hoje corto relações com esse mundo de merda, e juro nunca mais regressar. Se possível terei 24 hs ao dia uma memória seletiva e não ter mais que lembrar das expressões ditatoriais dos dias que vem a seguir, e contidamente as mesmas expressões de faces lindas e belas, porém sujas. Continuo nele apenas pela minha história, mas não me obriguem a ter a sua mesma narrativa, sem conclusões maiores de vida.

É apenas uma sensação de laço, traço e cordas. Duas rodas sem válvula de escape. Estará tudo esquematizado, sem ferramentas para o concerto, formas geométricas, analises falsas, uma bolha seria a melhor opção, como uma vida aberta, seria um livro de biblioteca. Mas que no momento estará fechada para balanço.

Um comentário:

  1. Seríamos o que os humanos chamariam de anormais, malucos, estranhos? Qual a definição de abstrato e real? Se dizem que o certo absoluto é a realidade, por que tudo que vejo em volta é sujo e encoberto de mentiras? Ah, desculpa hipocrisia, mas prefiro na ilusão me encontrar. Em sonhos me fortaleço e amplio o horizonte da minha visão. Se desejar vir comigo, saiba que não há segredos, não há explicações, nem paradigmas! ''Coragem, coragem. Reaja''..

    Óbvio que gostei =]

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