sexta-feira, novembro 12

Das margens, um viajante.


Vestido preto e constante luto, enquanto eu percorria a duzentos por hora, era mágico. Setas indicavam um caminho da completa e suja infração, encontrei em minha volta uma porção de pontes quebradas e lugares interditados, era sem sentido, talvez uma tragédia grega. Em tudo havia possibilidades, nada para mim é um caso perdido. Pedras desmoronavam, e a chuva fina ainda flanava rumo ao sonho. Daí por diante eu não era apenas mais uma. Eu acabara de achar a solução para o insolúvel, permita-se!

Apesar de tarefas burocráticas, recapitulei todas as páginas, eu poderia flutuar, e sentir milhões de vezes a mesma sinestesia do extraordinário estridente sabor de fruta proibida. Entenda simplesmente como um congestionamento de livros, era realmente fantástico. A lua misturava-se com milhões de luzes da cidade, ou ao contrário enxergar a única luz do pôr do sol, com uma mistura de árvores e montanhas. Indescritível, apenas permita usar sua imaginação.

Confesso que enquanto observava silenciosamente, rabiscar versos eram constantes aventuras que praticava, enquanto pensava sobre a imensidão da virtude que poderia corresponder à solidão. Eu apenas fui expulsa de um mundo imoral. Talvez eu seja uma famigerada, porém recuso tentativas exploradoras.

Presumindo instintos, intuições. Não tenho arrependimentos dos beijos, mas palavras de amor que nunca foram entregues. Coisas que somos obrigados a aprender. Devo seguir somente para onde as setas indicarem e nunca esquecer de que um dia recapitulei todas as páginas, por cima de altas ondas. A evolução sempre é um mistério.

Minha alma é pura coberta de uma carcaça de uma breve representação da luxuria, “Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade, tudo está perdido, mas existem possibilidades..."

Um comentário:

  1. E no fim este texto me diz: "È preferível fazer o que se deseja, mesmo que insano isto pareça, do que se arrepender por não ter feito!

    Descubri este blog, através do comentário que postaste no blog HotFritola, do qual sou um dos escritores, hehe.

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